terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cartilha sobre indisciplina escolar

1) O que é disciplina?
Disciplina significa ordem que convém ao funcionamento regular de uma organização. É a
observância de preceitos ou normas, é a submissão a um regulamento.

2) O que é indisciplina e como ela pode ser traduzida?
Indisciplina significa desobediência, desordem. A indisciplina pode ser traduzida de duas
formas: a revolta contra as normas ou o desconhecimento delas.

3) De que forma a indisciplina escolar se apresenta?
A indisciplina escolar se apresenta pelo descumprimento das normas fixadas pela escola no
Regimento Escolar.

4) O que é o Regimento Escolar?
É o documento que regula as relações entre a instituição e o público atendido ou seja, a sua comunidade escolar.(pais, alunos, professores, pessoal administrativo). Neste Regimento devem estar expressos com clareza os direitos e os deveres de todos os membros dessa comunidade escolar, assim como as sanções a serem aplicadas nos casos de descumprimento de suas disposições.A infração disciplinar deve estar prevista no Regimento Escolar, em obediência ao princípio da legalidade.

5) Quando um aluno comete um ato de indisciplina, que consequências ele pode sofrer?
Se um aluno comete um ato de indisciplina deve ser aplicado a ele o Regimento Escolar com as
sanções disciplinares nele previstas. Esse documento deve estar atualizado e de acordo com a
Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional – LDBEN (lei nº 9.394, de 20/12/1996).

6) O Conselho Tutelar deve ser demandado pela escola para intervir nos casos de indisciplina?
A escola só deve solicitar a intervenção do Conselho Tutelar se a situação não puder mais ser
resolvida no âmbito escolar, ou seja, depois que todos os recursos previstos no Regimento Escolar játiverem sido esgotados.Dessa forma, os casos de indisciplina devem ser apreciados na esfera administrativa e no âmbito da escola, aplicando as regras e sanções previstas no Regimento Escolar. Ultrapassadas essas etapas sem que se tenha chegado a uma solução satisfatória, aí sim, os casos devem ser encaminhados ao Conselho Tutelar ou à Promotoria de Justiça.

7) Como a escola deve proceder em caso de indisciplina reiterada de um mesmo aluno, quando ela já interveio (comprovadamente) diversas vezes, sem obter resultado?
A escola deve solicitar a intervenção do Conselho Tutelar para que este órgão possa acionar a
família do aluno e, se for o caso, aplicar-lhe alguma das medidas de proteção que seja pertinente (arts.136, I e II do ECA).

8) Qual a diferença entre ato infracional e ato de indisciplina?
Ato infracional é a conduta praticada por criança e adolescente que está descrita na legislação
penal como crime (conduta ilícita prevista criminalmente, no Código Penal ou em Leis Penais especiais) ou contravenção (são infrações penais menos graves). Ato de indisciplina é aquele praticado pelo aluno em desacordo como o Regimento Escolar.

9) E se um aluno cometer um ato infracional na escola, o Conselho Tutelar deve ser acionado?
Quando uma criança ou adolescente pratica um ato infracional, haverá um tratamento
diferenciado para cada um deles:
a) se o autor do ato infracional é uma criança, o Conselho Tutelar deve ser acionado para que
seja aplicada a esse aluno uma medida de proteção;
b) se o autor do ato infracional é um adolescente, a polícia é que deve ser acionada. O
Conselho Tutelar não é órgão disciplinador do adolescente, mas sim uma instituição
legalmente cometida da obrigação de receber crianças e adolescentes que estão com seus
direitos violados ou ameaçados de violação.
Assim, a criança infratora fica sujeita às medidas de proteção previstas no art. 101 do ECA,
enquanto o adolescente infrator submete-se às medidas socioeducativas previstas no art. 112 do ECA,
ou, se for o caso, às medidas de proteção cabíveis, aplicadas pelo Poder Judiciário após regular processo.

10) É muito atual a entrada de drogas na Escola. Como lidar com o adolescente usuário ou aquele que trafica drogas dentro da escola?
Se o adolescente é dependente químico, o Conselho Tutelar deve ser acionado para que seja
aplicada a ele uma medida de proteção. Se a hipótese é de tráfico, a polícia deve ser acionada.

11) É dever de quem separar as brigas dos adolescentes nas escolas?
Primeiro é preciso distinguir se se trata de um fato isolado ou se é a situação que se repete com
frequência. Tratando-se de um caso isolado, os alunos devem ser chamados pelos profissionais da escolapara identificar o que aconteceu. A partir daí, a escola deve chamar os pais e comunicar-lhes o fato ocorrido, aplicando aos alunos as sanções disciplinares adequadas, dentre as previstas no Regimento Escolar. Se ainda assim as brigas persistirem, o Conselho Tutelar pode ser acionado para aplicar a esses adolescentes alguma medida de proteção (por exemplo: os adolescentes podem ser encaminhados aprogramas assistenciais oferecidos pelo município). Não esquecer que, se da briga resulta lesões corporais, o fato constitui crime previsto no Código Penal e é necessário também comunicá-lo à Polícia para posterior encaminhamento à Justiça da Infância e Juventude.

12) O Conselho Tutelar pode ser acionado pela escola quando os pais não atendem ao seu
chamado ou não se importam com a situação do filho?
Sim, pois quando os pais não se interessam pelos problemas dos filhos, isso pode ser sinal de
negligência, abandono ou de situações familiares mais graves. Nesse caso, cabe ao Conselho Tutelarintervir junto à família do aluno, aplicando as medidas necessárias previstas nos arts. 101 e 129 do ECA.

13) O Conselho Tutelar pode ser acionado pela escola quando suspeita ou detecta situações de risco de seus alunos (violência, abandono, abuso sexual, maus-tratos)?
Por força do disposto no art. 56 do ECA, diante desses casos, os dirigentes dos
estabelecimentos de ensino são obrigados a comunicar o fato ao Conselho Tutelar, que adotará as
providências para apurá-lo. Se o professor ou o responsável pelo estabelecimento de ensino não fizer a comunicação ao conselho, essa omissão configura infração administrativa, sujeitando-o à penalidade prevista no art. 245 do ECA.

14) O Conselho Tutelar pode ser acionado pela escola nos casos de reiteradas faltas injustificadas de alunos ou de evasão escolar?
Sim, conforme também dispõe o art. 56 do ECA. Caso a direção da escola perceba que o
aluno falta com frequência, sem as devidas justificativas, deve convocar os pais ou responsáveis para averiguar a causa das ausências e buscar soluções e encaminhamentos para sanar o problema. Caso a escola não consiga sensibilizar os pais ou responsáveis, a questão das faltas ou da evasão passa a configurar negligência com a criança ou o adolescente, e é dever da direção da escola oficiar o Conselho Tutelar. Ressalta-se a importância da escola registrar todos os contatos e ações realizadas com esse objetivo (conforme previsto no Regimento Escolar – ex.: número de vezes que os pais ou responsáveis foram chamados na escola, a forma como foram notificados, os tipos de intervenção que foram feitas etc.), de modo a subsidiar e fundamentar os procedimentos posteriores, inclusive no caso de omissão ou inação das autoridades responsáveis.

Fonte: BOLETIIM INFORMATIIVO
Montes Claros
Nº. 02 – Outubro/Novembro 2009
Coordenadoriia Regional das Promotoriiasde Justiiça da IInfânciia e Juventude doNorte de Miinas

AMBIENTE ALFABETIZADOR

EEPYM
Informações do Guia do Especialista em Educação Básica

A sala de aula dos Anos Iniciais precisa ser um ambiente alfabetizador construído à medida que o processo de alfabetização e letramento for acontecendo.

Para expor nas paredes das salas de aula ou nos varais:
• Os algarismos (quantidades);
• Alfabeto (quatro tipos de letra);
• Os nomes dos alunos (letra grande);
• Calendário;
• Relógio;
• Sílabas, Banco de Palavras (em estudo);
• Textos de diversos gêneros, (parlendas, cantigas, trava-línguas, letras de música, quadrinhas, listas de nomes, frutas, brinquedos, contos de fada);
• Outros, conforme necessidade;

Para se ter presente na sala de aula:
• Cantinho de leitura;
• Caixa de brinquedos;
• Mural de Unidade de Estudo – Geografia, História, Ciências;
• Folhetos de programação, manuais de instrução de eletrodoméstico, jornais, revistas, rótulos, receitas, bulas de remédio, sinopses, material do PNLD;
• Caixa de material diverso para o trabalho com as idéias das quatro operações (pauzinhos, pedrinhas, etc.) Material de contagem;
• Letras e livros diversos para o manuseio das crianças;
• Material de apoio para os alunos (lápis, borracha, cola, tesoura, cadernos)
• Outros conforme criatividade e a critério da escola;

O ambiente alfabetizador deve se estender para toda a escola, transformando o ambiente escolar em espaço de oportunidades de convivência com o texto escrito, seja informativo ou literário.
Ibirité, 25 de junho de 2010.

Como usar o Material Dourado de Maria Montessori

Já vou avisando, eu não escrevi esse artigo. Retirei de uma página da Internet, contudo quero dar algumas informações importantes:

*Primeiro - não tem imagem. O texto mencionará um exemplo que não aparecerá em seguida. É de propósito. Você deverá adquirir um "MATERIAL DOURADO MONTESSORI" e com ele realizar o exercício solicitado. Não tenha preguiça de fazer. O "MATERIAL DOURADO MONTESSORI" é muito rico! Deve ser explorado! Manuseado! Ele foi feito para isso!

*Segundo - Sei de muito material pedagógico assim, que fica guardado nos armários das escolas, sem que as pessoas nem tomem conhecimento dele.

*Terceiro - Quando tomam conhecimento, não usam. Primeiro, alegam que não sabem usar. Depois tem medo de perder, de estragar. Sei lá, arrumam várias justificativas para não fazer. E não fazem!

*Quarto - O "MATERIAL DOURADO MONTESSORI" permite que se use de diferentes maneiras, dependendo da imaginação e da criatividade do professor. As crianças se familiarizam num instante. Conseguem ficar duas horas ou mais só manuseando, sem nenhuma outra instrução adicional. Com isso o professor poupa a voz e ganha em disciplina. Porque nesse período não precisará enviar nenhum aluno para a supervisão porque ele não quer fazer a atividade. Pois todos querem e apresentam interesse. Não é o sonho de todo professor?

O Material Dourado Montessori
(tópico 1)
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O Material Dourado Montessori destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os algoritmos).
No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem. Com o Material Dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.
O Material Dourado faz parte de um conjunto de materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori.

Quem foi Maria Montessori
(tópico 2)
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Nos anos iniciais deste século, Maria Montessori dedicou-se à educação de crianças excepcionais, que, graças à sua orientação, rivalizavam nos exames de fim de ano com as crianças normais das escolas públicas de Roma. Esse fato levou Maria Montessori a analisar os métodos de ensino da época e a propor mudanças compatíveis com sua filosofia de educação.
Segundo Maria Montessori, a criança tem necessidade de mover-se com liberdade dentro de certos limites, desenvolvendo sua criatividade no enfrentamento pessoal com experiências e materiais. Um desses materiais era o chamado material das contas que, posteriormente, deu origem ao conhecido Material Dourado Montessori.

O "Material das Contas"
(tópico 3)
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Vamos conhecer o material das contas pelas palavras de Maria Montessori:
"Preparei também, para os maiorezinhos do curso elementar, um material destinado a representar os números sob forma geométrica. Trata-se do excelente material denominado material das contas. As unidades são representadas por pequenas contas amarelas; a dezena (ou número 10) é formada por uma barra de dez contas enfiadas num arame bem duro. Esta barra é repetida 10 vezes em dez outras outras barras ligadas entre si, formando um quadrado, "o quadrado de dez", somando o total de cem. Finalmente, dez quadrados sobrepostos e ligados formando um cubo, "o cubo de 10", isto é, 1000.
Aconteceu de crianças de quatro anos de idade ficarem atraídas por esses objetos brilhantes e facilmente manejáveis. Para surpresa nossa, puseram-se a combiná-los, imitando as crianças maiores. Surgiu assim um tal entusiasmo pelo trabalho com os números, particularmente com o sistema decimal, que se pôde afirmar que os exercícios de aritmética tinham se tornado apaixonantes.
As crianças foram compondo números até 1000. O desenvolvimento ulterior foi maravilhoso, a tal ponto que houve crianças de cinco anos que fizeram as quatro operações com números de milhares de unidades".
Essas contas douradas acabaram se transformando em cubos que hoje formam o Material Dourado Montessori.

O material Dourado Montessori
(tópico 4)
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O mateiral Dourado ou Montessori é constituído por cubinhos, barras, placas e cubão, que representam:

Observe que o cubo é formado por 10 placas, que a placa é formada por 10 barras e a barra é formada por 10 cubinhos. Este material baseia-se em regras do nossso sistema de numeração.

Veja como representamos, com ele, o número 265:

Este material pedagógico, confeccionado em madeira, costuma ser comercializado com o nome de material dourado. Você pode construir um material semelhante, usando cartolina. Os cubinhos são substituídos por quadradinhos de lado igual a 2 cm, por exemplo. As barrinhas são substituídas por retângulos de 2 cm por 20 cm a as placas são substituídas por quadrados de lado igual a 20 cm.

Embora seja possível representar o milhar, vamos evitá-lo trabalhando com números menores.
Damos a seguir sugestões para o uso do Material Dourado Montessori.
As atividades propostas foram testadas e mostraram-se eficazes desde a primeira até a quinta série. Muitas delas foram concebidas pelos grupos de alunos, recomendando-se que os grupos não tenham mais do que 6 alunos.
O professor, com o conhecimento que tem de seus alunos, saberá em que série cada atividade poderá ser aplicada com melhor rendimento. Várias das atividades podem ser aplicadas em mais de uma série, bastando, para isso, pequenas modificações.
Utilizando o material, o professor notará em seus alunos um significativo avanço de aprendizagem. Em pouco tempo, estará enriquecendo nossas sugestões e criando novas atividades adequadas a seus alunos, explorando assim as inúmeras possibilidades deste notável recurso didático.
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1. JOGOS LIVRES
Objetivo: tomar contato com o material, de maneira livre, sem regras.
Durante algum tempo, os alunos brincam com o material, fazendo construções livres.
O material dourado é construído de maneira a representar um sistema de agrupamento. Sendo assim, muitas vezes as crianças descobrem sozinhas relações entre as peças. Por exemplo, podemos encontrar alunos que concluem:
- Ah! A barra é formada por 10 cubinhos!
- E a placa é formada por 10 barras!
- Veja, o cubo é formado por 10 placas!
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2. MONTAGEM
Objetivo: perceber as relações que há entre as peças.
O professor sugere as seguintes montagens:
- uma barra;
- uma placa feita de barras;
- uma placa feita de cubinhos;
- um bloco feito de barras;
- um bloco feito de placas;
O professor estimula os alunos a obterem conclusões com perguntas como estas:
- Quantos cubinhos vão formar uma barra?
- E quantos formarão uma placa?
- Quantas barras preciso para formar uma placa?
Nesta atividade também é possível explorar conceitos geométricos, propondo desafios como estes:
- Vamos ver quem consegue montar um cubo com 8 cubinhos? É possível?
- E com 27? É possível?
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3. DITADO
Objetivo: relacionar cada grupo de peças ao seu valor numérico.
O professor mostra, um de cada vez, cartões com números. As crianças devem mostrar as peças correspondentes, utilizando a menor quantidade delas.

Variação:
O professor mostra peças, uma de cada vez, e os alunos escrevem a quantidade correspondente.
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4. FAZENDO TROCAS
Objetivo: compreender as características do sistema decimal.
- fazer agrupamentos de 10 em 10;
- fazer reagrupamentos;
- fazer trocas;
- estimular o cálculo mental.
Para esta atividade, cada grupo deve ter um dado marcado de 4 a 9.
Cada criança do grupo, na sua vez de jogar, lança o dado e retira para si a quantidade de cubinhos correspondente ao número que sair no dado.
Veja bem: o número que sai no dado dá direito a retirar somente cubinhos.
Toda vez que uma criança juntar 10 cubinhos, ela deve trocar os 10 cubinhos por uma barra. E aí ela tem direito de jogar novamente.
Da mesma meneira, quando tiver 10 barrinhas, pode trocar as 10 barrinhas por uma placa e então jogar novamente.
O jogo termina, por exemplo, quando algum aluno consegue formar duas placas.
O professor então pergunta:
- Quem ganhou o jogo?
- Por quê?
Se houver dúvida, fazer as "destrocas".
O objetivo do jogo das trocas é a compreensão dos agrupamentos de dez em dez (dez unidades formam uma dezena, dez dezenas formam uma centena, etc.), característicos do sistema decimal.
A compreensão dos agrupamentos na base 10 é muito importante para o real entendimento das técnicas operatórias das operações fundamentais.
O fato de a troca ser premiada com o direito de jogar novamente aumenta a atenção da criança no jogo. Ao mesmo tempo, estimula seu cálculo mental. Ela começa a calcular mentalmente quanto falta para juntar 10, ou seja, quanto falta para que ela consiga fazer uma nova troca.
• cada placa será destrocada por 10 barras;
• cada barra será destrocada por 10 cubinhos.
Variações:
Pode-se jogar com dois dados e o aluno pega tantos cubinhos quanto for a soma dos números que tirar dos dados.
Pode-se utilizar também uma roleta indicando de 1 a 9.
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5. PREENCHENDO TABELAS
Objetivo: os mesmos das atividades 3 e 4.
- preencher tabelas respeitando o valor posicional;
- fazer comparações de números;
- fazer ordenação de números.
As regras são as mesmas da atividade 4. Na apuração, cada criança escreve em uma tabela a quantidade conseguida.

Olhando a tabela, devem responder perguntas como estas:
- Quem conseguiu a peça de maior valor?
- E de menor valor?
- Quantas barras Lucilia tem a mais que Gláucia?
Olhando a tabela à procura do vencedor, a criança compara os números e percebe o valor posicional de cada algarismo.
Por exemplo: na posição das dezenas, o 2 vale 20; na posição das centenas vale 200.
Ao tentar determinar os demais colocados (segundo, terceiro e quarto lugares) a criança começa a ordenar os números.
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6. PARTINDO DE CUBINHOS
Objetivo: os mesmos da atividade 3, 4 e 5.
Cada criança recebe um certo número de cubinhos para trocar por barras e depois por placas.
A seguir deve escrever na tabela os números correspondentes às quantidades de placas, barras e cubinhos obtidos após as trocas.
Esta atividade torna-se interessante na medida em que se aumenta o número de cubinhos.
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7. VAMOS FAZER UM TREM?
Objetivo: compreender que o sucessor é o que tem "1 a mais" na seqüência numérica.
O professor combina com os alunos:
- Vamos fazer um trem. O primeiro vagão é um cubinho. O vagão seguinte terá um cubinho a mais que o anterior e assim por diante. O último vagão será formado por duas barras.

Quando as crianças terminarem de montar o trem, recebem papeletas nas quais devem escrever o código de cada vagão.
Esta atividade leva à formação da idéia de sucessor. Fica claro para a criança o "mais um", na seqüência dos números. Ela contribui também para a melhor compreensão do valor posicional dos algarismos na escrita dos números.
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8. UM TREM ESPECIAL
Objetivo: compreender que o antecessor é o que tem "1 a menos" na seqüência numérica.
O professor combina com os alunos:
- Vamos fazer um trem especial. O primeiro vagão é formado por duas barras (desenha as barras na lousa). O vagão seguinte tem um cubo a menos e assim por diante. O último vagão será um cubinho.

Quando as crianças terminam de montar o trem, recebem papeletas nas quais devem escrever o código de cada vagão.
Esta atividade trabalha a idéia de antecessor. Fica claro para a criança o "menos um" na seqüência dos números. Ela contribui também para uma melhor compreensão do valor posicional dos algarismos na escrita dos números.
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9. JOGO DOS CARTÕES
Objetivos: compreender o mecanismo do "vai um" nas adições; estimular o cálculo mental.
O professor coloca no centro do grupo alguns cartões virados para baixo. Nestes cartões estão escritos números entre 50 e 70.
1º sorteio: Um alunos do grupo sorteia um cartão. Os demais devem pegar as peças correspondentes ao número sorteado.
Em seguida, um representante do grupo vai à lousa e registra em uma tabela os números correspondentes às quantidades de peças.
2º sorteio: Um outro aluno sorteia um segundo cartão. Os demais devem pegar as peças correspondentes a esse segundo número sorteado.
Em seguida, o representante do grupo vai à tabela registrar a nova quantidade.
Nesse ponto, juntam-se as duas quantidades de peças, fazem-se as trocas e novamente completa-se a tabela.
Ela pode ficar assim:

Isto encerra uma rodada e vence o grupo que tiver conseguido maior total. Depois são feitas mais algumas rodadas e o vencedor do dia é o grupo que mais rodadas venceu.
Os números dos cartões podem ser outros. Por exemplo, números entre 10 e 30, na primeira série; entre 145 e 165, na segunda série.
Depois que os alunos estiverem realizando as trocas e os registros com desenvoltura, o professor pode apresentar a técnica do "vai um" a partir de uma adição como, por exemplo, 15 + 16.
Observe que somar 15 com 16 corresponde a juntar estes conjuntos de peças.

Fazendo as trocas necessárias,

Compare, agora, a operação:
• com o material

• com os números

Ao aplicar o "vai um", o professor pode concretizar cada passagem do cálculo usando o material ou desenhos do material, como os que mostramos.
O "vai um" também pode indicar a troca de 10 dezenas por uma centena, ou 10 centenas por 1 milhar, etc.
Veja um exemplo:

No exemplo que acabamos de ver, o "vai um" indicou a troca de 10 dezenas por uma centena.
É importante que a criança perceba a relação entre sua ação com o material e os passos efetuados na operação.
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10. O JOGO DE RETIRAR
Objetivos: compreender o mecanismo do "empresta um" nas subtrações com recurso; estimular o cálculo mental.
Esta atividade pode ser realizada como um jogo de várias rodadas. Em cada rodada, os grupos sorteiam um cartão e uma papeleta. No cartão há um número e eles devem pegar as peças correspondentes a essa quantia. Na papeleta há uma ordem que indica quanto devem tirar da quantidade que têm.
Por exemplo: cartão com número 41 e papeleta com a ordem: TIRE 28.

Vence a rodada o grupo que ficar com as peças que representam o menor número. Vence o jogo o grupo que ganhar mais rodadas.
É importante que, primeiro, a criança faça várias atividades do tipo: "retire um tanto", só com o material. Depois que ela dominar o processo de "destroca", pode-se propor que registre o que acontece no jogo em uma tabela na lousa.
Isto irá proporcionar melhor entendimento do "empresta um" na subtração com recurso. Quando o professor apresentar essa técnica, poderá concretizar os passos do cálculo com auxílio do material ou desenhos do material.
O "empresta um" também pode indicar a "destroca" de uma centena por 10 dezenas ou um milhar por 10 centenas, etc. Veja o jogo seguinte:

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11. "DESTROCA"
Objetivos: os mesmos da atividade 10.
Cada grupo de alunos recebe um dado marcado de 4 a 9 e uma placa.
Quando o jogador começa, todos os participantes têm à sua frente uma placa.
Cada criança, na sua vez de jogar, lança o dado e faz as "destrocas" para retirar a quantidade de cubinhos correspondente ao número que sair no dado. Veja bem: esse número dá direito a retirar somente cubinhos.
Na quarta rodada, vence quem ficar com as peças que representam o menor número.
Exemplo: Suponha que um aluno tenha tirado 7 no dado. Primeiro ele troca uma placa por 10 barras e uma barra por 10 cubinhos:

Depois, retira 7 cubinhos:

Salientamos novamente a importância de se proporem várias atividades como essa, utilizando, de início, só o material. Quando o processo de "destroca" estiver dominado, pode-se propor que as crianças façam as subtrações envolvidas também com números.
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Campo de ação do Especialista em Educação Básica

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA YOLANDA MARTINS
RUA TABAJARA, 800 LAGO AZUL
32400- 000 IBIRITÉ – MINAS GERAIS 3533-1336


GUIA DO ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO BÁSICA
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais



META DA SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

Garantir que toda criança esteja lendo e escrevendo até oito anos de idade com o foco do trabalho pedagógico na ALFABETIZAÇÃO.


PAPEL DO ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO BÁSICA

Coordenação e articulação do processo ensino-aprendizagem, sendo co-responsável, com a Direção da escola, na liderança da gestão pedagógica que deve ser o eixo a nortear o planejamento, a implementação e o desenvolvimento das ações educacionais.

CAMPOS FUNDAMENTAIS DE ATUAÇÃO DO ESPECIALISTA

• Desenvolvimento Curricular e Ensino-Aprendizagem;
• Organização Escolar;
• Relações internas e com a comunidade.


Interligados e articulados entre si, abrangendo as ações de planejamento, implementação, organização e avaliação do processo de ensinar e aprender, mediados pela necessidade de se garantir um clima interno favorável ao desenvolvimento das ações educativas e a necessária e indispensável participação e envolvimento com os pais e comunidade.

COMPETÊNCIA DO ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO BÁSICA

Planejar, implementar, acompanhar, coordenar e avaliar projetos e ações educacionais, especialmente as ações desenvolvidas na sala de aula, bem como a produção e difusão do conhecimento educacional.


Ibirité, 25 de junho de 2010.